"Do you think you'd sell your soul to just have one thing to turn out right? For the thousandth time you turn and find that it just makes no difference to try. Like Holden Caulfield, I tell myself there's got to be a better way. Then I lay in bed and stare at the ceiling – Dream of brighter days" [Get It Right – The Offspring]

domingo, 24 de março de 2013

Fantasma

Escuros ângulos que contemplam meu caminhar
Turvas visões que vislumbram o meu estar
Maldita força quimea’trai o coração
Exímio senso que me traz inspiração
– Estado inerte de correntes a quebrar.

É ironia e mais nada a vastidão.
Traz-me horror e me aguça a visão
Se não há luz em meio à escuridão
–Nem mesmo outrem que dissipe a solidão!
Como posso o caminho encontrar?

Então perdido, eu vago em te querer
E nestas noites teu semblante me vem ver
Já não lamento o ardor da maldição
Que é o amor, qual despeja ingratidão
Ingrata busca que não quero esquecer.

Ainda assim de sentir me faço rude,
E exausto me entrego à quietude
Ociosa, pouco a pouco me abraça
O silêncio não traz paz, e sim desgraça
Verdades falsas que não tenho quem escute.

Sou prisioneiro em querer me libertar
Habituado em jamais te alcançar
Sou a resposta que resiste contra o tempo,
Uma vidraça que transpassa este momento
Refletindo a redenção do seu olhar.

Eclíptico 


Escute poema maldito
Que possui as chaves do tempo
Os lamentos de um anjo caído
Qual sem rumo vaga ao vento

Suplico-te o detestável perdão
Conforto que descansa na tumba
Pois nenhuma dor é mais profunda
Que o sofrer do que chamas coração

E mesmo que na luz o dia escureça
Ou que a noite se afogue em tristeza
Imploro que nunca esqueças tal missão

De pra sempre defender a pureza
Que vislumbra somente inocência
Desta negra e bastarda solidão

domingo, 9 de setembro de 2012

YGOWE T1C2PtIII – CAVALARIA VS ARQUI DEMÔNIOS


– NaNiKaNaNaNiKaNaNaNiKaNaBonJuaKoNe!!
– Então, temos uma carta para hoje também?
– Claro que temos!
– E qual seria?
– That’s an amazing card! Not so amazing than My Horse, anyways…
– Look!
– What?
– At my Horse! Of course!
– …¬¬
– Oh, c’mon. Give it a lick..! :P

YGOWE T1C2PtIII – CAVALARIA VS ARQUIDEMONIOS
(Nome não confirmado)



– O que ele quer aqui à noite?! – Jonas disse, disparando para o corredor que levava ao portão. Paulo e Juan seguiam logo atrás.
– Jonas. Escuta. Eu preciso fazer um duelo. Preciso agora. E aí, duela comigo? – Dizia Ruan, pausadamente, assim que o portão se abria mais, iluminando vagamente a sua face.
– Duelar? – Jonas sorriu. – Entra aí – ele disse. – Gordo, acho que conseguimos o teu adversário – ele completou, enquanto girava a chave de volta na fechadura.

***

         – Então, Jonas, tu podias abrir a janela, por favor? Não tem como ficar aqui dentro – Ruan se abanava; o quarto estava muito abafado, e o ventilador não funcionava.
         – Cara, até abro, mas depois vou ser charqueado por mosquitos! – Jonas respondia de volta, novamente grudado ao computador. Ele não tinha a mínima vontade tanto de pausar o jogo quanto de realmente abrir a janela.
         – Gente, escuta só. Não é possível que apenas eu esteja com fome. Não comemos nada desde que saí de casa! Então porque não vamos à lancheria, duas quadras daqui? – Juan dava a idéia – Além de lá não ser uma estufa, podemos comer e jogar em plataformas outra vez!
         – Não sei não... – dizia Ruan – eu estou com um pouco de pressa.
         – Valeu Dudu, agora me deixasse com fome também! – Paulo.
         – Eu também fiquei – respondeu Jonas pausando o jogo com um soco no teclado e levantando-se. – Se vamos, vamos agora.
         Ruan pegou novamente o pequeno case que trazia em mãos, concordando em sair também.

         Dirigindo-se à lancheria, enquanto Juan discutia junto de Jonas a respeito das cartas no baralho do último, Ruan se aproximava para o lado de Paulo sorrateiramente. – Gordo, eu já imaginava te encontrar com o Jonas – ele disse, procurando algo no bolso de sua camisa. – Por isso eu trouxe isto comigo. Se quiseres dar outra olhada...
         Paulo pegou um card holográfico-raro em mãos. O brilho metálico era tão forte que, mesmo na noite, enxergava-se o card perfeitamente. – “DIVINE KNIGHT ISHZARK”; é minha.
         – Como assim, essa carta é extremamente efetiva contra o meu deck! – Juan disparou, ignorando Jonas e se dirigindo para perto de Paulo. Ele se inclinou para alcançar a carta. – JUMP, não é? Edição promocional e limitada, paralela às revistas japonesas..., me deixa ver!
         Paulo parou de caminhar, encarando o amigo. – Ah, tu queres ver. – Ele encheu os pulmões de ar, em seguida, berrando. – NÃO VAI CHOVER! – E deu de costas, gargalhando. – E se quer olhar, já sabes né?
– Idiota – Juan diz quase inaudível, limpando o rosto dos pingos de saliva do amigo gordo. – Vamos cara, mostra isso de uma vez!
         – Cara, na boa, é o “DIVINE KNIGHT ISHZARK”! Quando EU TE REMOVER, tu vai ver ele! – Provavelmente sem noção alguma das horas, Paulo berrou em mais gargalhadas, tão altas que um gato sobre telhados próximos correu assustado.
         – Não tem graça alguma. Toda essa euforia por causa de um card desses... – Jonas sibilou.
         – Jonas, não é por causa da carta, é porque EU VOU – o gato morreu do coração – remover os zumbis do Dudu. E com o ISHZARK, Removo até os teus.
         Um olhar torto. –... Eu nem tenho zumbis, cara.
         Outra vez Paulo parou abruptamente. Ficou rindo sozinho.
         – O quê? – Franzido, Jonas perguntou.
         – Hahahaha! – Outra explosão de risos. – Vou remover os zumbis de todo mundo, Até o da mãe de vocês, se der mole!
         – Então Paulo, quer comprar...? – Ruan ressurgia.
Neste momento o céu estrondara poderosamente. Um rápido silêncio se formava até o relâmpago seguinte; desaparecendo as risadas aleatórias; a preocupação preenchendo a atmosfera.
         – Vamos nos molhar – disse Juan, encarando a distância que faltava até a lanchonete, sentindo a primeira gota em sua face.
         Outro estrondo, ainda mais forte.
– CORRE! Era o que dava tempo de dizer, com a rua branqueando torrencialmente. – Quem dera se corrêssemos após apertar campainhas como na infância..., pelo menos o Paulo, pois é gordo, e o Ruan, porque tem um porte atlético demais, não acabariam assim – Juan falou para Jonas, tendo corrido o suficiente para se salvar da torrente; olhando para os outros, bem mais atrás e inevitavelmente encharcados.

***

Esbaforidos, e alguns torcendo as mangas, os duelistas alcançam a plataforma de duelos após uma curta verificação nos decks, que se salvavam da catástrofe, na deckbox.
– Pronto? Ruan observava o salão. Era tarde; apenas os quatro duelistas na área leste e, ao extremo oposto, um grupo de caras altos, vestidos em couro e correntes. Com uma simples análise, percebia-se que se tratava de alguma gangue que lá ficara presa devido à tempestade.
– Mais do que pronto – Paulo respondeu, com um controle diferente na voz. – Começa aí, Ruan.

DUERU!!

         Silenciosamente, após cortar o Deck, Ruan compra sua sexta carta, imediatamente a posicionando de face para baixo na zona de mágicas e armadilhas. – Eu jogo este monstro invertido e posiciono mais duas cartas também – Ruan terminava o turno, bisbilhotando seus sets, como que se precisasse rever urgentemente o que estava plantado em campo – com a pontinha dos dedos.
         Após comprar, Paulo invoca o card que, segundo sua postura, parecia perfeito para uma abertura. “COMMAND KNIGHT” (1200/1900).
         – Ruan, com a habilidade permanente da minha carta, todos os monstros do tipo Guerreiro em meu lado do campo têm seus ataques aumentados em 400 pontos, incluindo ela mesma! (1600/1900). Ainda, estou ativando esta mágica contínua: “THE A. FORCES”.
         – Sim, Paulo. Conheço seu baralho apenas por esta abertura. Criastes teu baralho a partir dos cards da Estrutura Triunfo dos Guerreiros..., claramente. E o seu feitiço contínuo, conheço também. É um suporte que aumenta o ataque dos Guerreiros em mais 200 pontos multiplicados ao número de monstros deste tipo e do tipo Mago que você controla. “Não que isto seja o suficiente para passar pela minha primeira defesa...”.
         – Certo. E a minha comandante tem seu ataque aumentado outra vez, portanto. (1800/1900). – Por um momento, Paulo observa sua mão. – Ruan, todos sabem que você joga defensivamente. Eu não espero que o ataque funcione, mas é assim que vou jogar. “COMMAND KNIGHT”, ataque!
         A linda cavalheira, de esplendorosas vestes épicas, em um único impulso, deixa para trás algumas plumas juntas de sua capa, atingindo graciosa e firmemente o monstro que se revelava do lado adversário. Contudo, o golpe não era o bastante para derrubar o alienígena azul completamente revestido de ossos cromados, o qual bloqueava a espada com um par de asas gigantes.
         – Realmente; a defesa do “CYBER ARCHFIEND” (1000/2000) é mais poderosa que a comandante. [Paulo: 4000LP -> 3800LP] – Deixo uma carta de face para baixo e encerro.
         – Ah, eu adoro esse monstro... – Juan dizia. – Mas o Ruan ainda tem algumas cartas em sua mão... E de acordo com a habilidade desta criatura, o seu controlador pode comprar um card extra quando não possuir cards na mão durante a Fase de Compra. Mas, ao fim do turno, ele é destruído caso exista qualquer carta em mãos.
         – Não Dudu – interveio Ruan. Eu não pretendo usar a habilidade do “CYBER ARCHFIEND”. Ele já cumpriu seu propósito aqui; que era segurar um ataque. Agora... – Ruan compra em sua vez, em seguida, sacrificando o demônio para uma invocação de nível superior. – Uso o “CYBER ARCHFIEND” para invocar a minha carta mais rara deste baralho! Surja, “MIST ARCHFIEND” (2400/0)!
         Uma névoa sombria toma conta da arena. Um demônio, de forma muito semelhante ao primeiro, emergia para a batalha. Desta vez, uma criatura de aspecto tenebroso, com ossos negros e foscos revestindo o corpo e a face esquelética, de olhos tão vermelhos quanto o resto de seu desenho enorme.
         – Diga tchau para a sua cavalheira. – Ruan esfregava as mãos, aprazendo-se com o ataque do seu novo demônio. Uma fumaça preta é disparada em todas as direções e, ao cessar, não se encontra mais criatura alguma sob o controle do outro duelista. [Paulo: 3800LP -> 3200LP]
         Com um aceno, o turno é encerrado.
         – Ele ainda mantém suas três cartas invertidas – Jonas observa. – Por que será que tenho a impressão de que o monstro do Ruan está bem protegido? – em tom de sarcasmo, ele completa.
         Paulo arfa pesadamente, comprando sua carta. – Fica frio Jonas, eu vou conseguir acertar esse maldito demônio bem logo. Mas antes eu posiciono um monstro e uma armadilha.
         – Ta bem então – Ruan responde, comprando sua carta. – Aí está! Acabei de puxar minha carta mágica de campo! E eu a ativo agora, o reino do terror, “PANDEMONIUM”!
         O teto do local brilha com um parcial vermelho incandescente, como o céu que se pressupunha o Inferno. Um altar de mármore verde-sujo e marcas de violência ergue-se do solo, cercado por muitas árvores de aparência morta, contudo, árvores animadas, sussurrando em conjunto um cântico maligno.
         – Vocês conhecem este terreno? – Ruan pergunta, com os dentes totalmente à mostra, confiante.
         – Eu apenas ouvi falar – respondeu Juan. – É raríssimo!
         – E o que faz? – perguntou Jonas.
         – Por ora, toda vez que um monstro “ARCHFIEND” for destruído e enviado para o meu Cemitério, exceto por batalha, poderei abrir meu baralho e adicionar outro “ARCHFIEND” de nível menor do que o destruído para a minha mão.
         Paulo refletia após ouvir atentamente ao efeito, esperando outro movimento.
         – Sabe quem vou invocar agora? – Ruan faz uma pausa, causando apreensão. O nevoeiro negro levanta novamente.
         – %@$#! As cartas dele são...
Mas o quê?! “MIST ARCHFIEND”, outra vez?! – Jonas interrompia um provável elogio do amigo ao lado, fazendo cara de que não entendia nada enquanto a nova cópia do demônio surgia em campo.
         – Mas como isso, se ele é um monstro LV5?! – Paulo protesta de forma indignada, encarando dois dos demônios.
         – Simples. Eu não preciso tributar para a invocação de um “MIST ARCHFIEND”. Entretanto, invocá-lo assim tem um preço. Ao fim da rodada ele será destruído, me causando 1000 pontos de dano.
         – Sei – Paulo respondeu fechada e abruptamente.
         Juan, pensativo, guardou uma observação mais cuidadosa para si. “Basta uma única releitura nos efeitos até aqui apresentados, para entender a assustadora combinação que virá”.
         – “MIST ARCHFIEND”, ataque! A criatura recém-invocada lança uma densa rajada de fumaça preta contra o monstro adversário.
         – Você destruiu uma “WARRIOR LADY OF THE WASTELAND” (1100/1200)! – Paulo explicava. – E com a habilidade dela, presumo que você saiba...
         – Sim. Quando as destruo e envio ao Cemitério em batalha, você busca do Deck outro monstro do tipo Guerreiro e atributo TERRA, com ataque de 1500 pontos ou menor, e o invoca especialmente. – Ruan recitava o efeito de forma monótona e invariável, com certo desprezo. – Mas o seu monstro é invocado em modo de ataque.
         – Exato – Paulo responde. – E eu escolho outra dessa vagabunda.
         – Como é que ele pode chamar as minhas loiras de vagabundas?! – Jonas questionava surpreso, assistindo à forma feminina, de vestes verdes em estilo brim, botas e chapéu de couro, segurando uma corda em um estilo aventureiro, aparecer em campo.
         – Primeiro, Joninhas, elas não são mais suas. E, segundo, eu sou GORDO; então posso chamá-las do que eu quiser. – risadas muito mais infernais do que o campo de batalha.
         – Claro. Ótima justificativa, gordo de merda – Juan responde – E vê se não perde tão cedo o duelo de estreia com teu próprio deck, né.
         – Não. Vou. Perder. – Paulo responde, afastando os cabelos longos e molhados para trás, afim de que não pingasse o resto da chuva nos cards. Ou para, quem sabe, fazer uma pose mais séria ou sensual. (-q)
         – Chega de papo gente. Ataco com o outro “MIST ARCHFIEND”! –Ruan anuncia enquanto o ataque pega em cheio, enviando a donzela para o Cemitério.
         – Ter a “THE A. FORCES” em campo diminui o prejuízo à minha vida. [Paulo: 3200LP -> 2100LP]. – E eu trago outra! – Em campo surge a última cópia da donzela.
         – Então é isso, ficar absorvendo meus ataques por uma rodada? Quase patético... digo, poético... – enviando o “MIST ARCHFIEND” do turno para o Cemitério, Ruan debocha. – E agora começa a diversão. [Ruan: 4000LP -> 3000LP]. Abrindo seu baralho, ele continua. – Porque graças ao efeito do meu “PANDEMONIUM”, neste momento, posso buscar por um novo “ARCHFIEND”. E escolho este, “TERRORKING ARCHFIEND” – revelando a carta procurada, ele completa, encerrando a vez.
         – Eu compro – Paulo arfa novamente, encarando o monstro no campo adversário. – Se queres usar suas cartas raras, então eu também quero usar a minha! – Paulo separa decididamente um card em mãos. – Agora sacrifico a “WARRIOR LADY OF THE WASTELAND” para invocar meu “FREED THE MATCHLESS GENERAL”! (2300/ 1700).
         A imagem da donzela se desfaz, dando lugar ao holograma de um homem alto, de face experiente e marcante, e longos cabelos loiros seguros por uma tiara simbólica. Seu corpo é inteiramente vestido em uma limpa armadura de platina com detalhes em ouro.
         – E com o efeito da “THE A. FORCES”, o ataque do meu general é elevado o suficiente para passar por seu arquidemônio. (2500 / 1700).
         – É a chance do Paulo – Jonas comemora. Agora o Ruan não pode usar cartas mágicas contra o “FREED”, graças à habilidade de negar e destruir as mágicas que fazem alvo nele.
         – “FREED”, ataque!
         – Não tão rápido! Que tal lembrar as minhas armadilhas antes de correr assim, Paulo? – seguro, Ruan zomba. – Estou ativando “HATE BUSTER”, a armadilha que vai terminar com este duelo. Posso ativá-la quando você seleciona um monstro do tipo Demônio como alvo de ataque. Ela destrói ambos os monstros antes da batalha, causando dano direto aos seus pontos de vida igual ao ataque original do monstro que você perde desta forma. E sua vida é menor que o ataque do seu “FREED”...
         – Ruan, só cala a boca, tá? Vou te contar: eu poderia ter usado o meu general muito antes, caso eu quisesse, mas eu tinha de, antes, me certificar de que o meu ataque funcionaria. – Paulo sorri.
         – Então quer dizer que...
         – SIM! – um berro, como ele gosta de fazer. – Toma essa! Minha armadilha: “ROYAL DECREE”! Enquanto de face para cima, ela nega o efeito de todas as outras armadilhas em campo! Chore!
         – Entendo... Então, antes que a sua “ROYAL DECREE” funcione, vou ativar minhas duas outras armadilhas, que, em corrente, resolvem antes desta sua maldita carta estragar com tudo. Você vai morrer de uma forma muito linda. Hahaha! – Ruan, (com a pontinha dos dedos) confere seus outros cards invertidos. – Primeiramente, vou ativar uma carta estranha, conhecida como “DORA OF FATE”.
Surge um enorme bumbo em meio ao altar. Um duende decrépito, segurando uma espátula de metal, se prepara para tocá-lo. – E também, para garantir o efeito do “DORA”, revelo esta: “ARCHFIEND’S ROAR”.
Presunçoso, ele passa a explicar os efeitos: - Como as cartas vão resolver de trás para frente, antes de qualquer coisa, com um pequeno custo da minha vida, trago um “ARCHFIEND” do meu Cemitério para o campo [Ruan: 3000LP -> 2500LP]. Um trovão explode ao lado do “MIST ARCHFIEND”, trazendo outro do mesmo, em modo de defesa. (2400/0).
– E agora, Paulo, ouça com atenção, porque eu não vou explicar de novo o que acontece – Ruan diz, enquanto o diabo cinza bate no bumbo. – Pelo efeito da “DORA OF FATE”, eu seleciono um monstro em seu lado do campo; e claro, o meu alvo é o “FREED, THE MACTHLESS GENERAL” – Ruan deixa uma risada escapar. E em seguida, tomando fôlego, limpando sua face com a manga do casaco úmido, ele continua. – Funciona assim, o efeito: Durante o meu próximo turno, se eu invocar um monstro com exatamente um nível a menos do que meu alvo, o efeito da “DORA”, que não vai estar em campo, assim, salvo da sua armadilha, resolve. E você perde 500 pontos de vida para cada nível do monstro alvo desta rodada – outra risada. – Detalhe: O seu cavalheiro é um monstro de LV5; o que significa que, de acordo com as regras de multiplicação, você perde a partida. Hahaha!
Paulo, totalmente sem expressão, cancela o seu ataque.
– O que foi? – Ruan, confuso, pergunta.
– Porque não explicas o efeito inteiro da “ARCHFIEND’S ROAR”? Não consegues duelar sem trapacear? – Indignado, Juan intervêm.
– Mas como assim? Eu trouxe meu “MIST ARCHFIEND”.
         – É. Mas não mencionasse que, ao fim do turno, o monstro que a “ARCHFIEND’S ROAR” traz é destruído, assim, te permitindo...
         – Entendi! – Paulo interrompe. – Permitindo que, pelo efeito do “PANDEMONIUM”, ele possa buscar por um “ARCHFIEND” de LV4, o que é peça perfeita para ativar o efeito do “DORA”, certo?
         – Mas que %#$#@! O Gordo joga bem mesmo! Eu não tinha visto essa – Jonas diz, fazendo um sinal de positivo com o polegar para o duelista.
         – Ruan! – Paulo o chama. – Bem, nossas armadilhas se foram, menos a minha. Hahaha! E você possui dois “MIST ARCHFIEND”s, agora. E, com certeza, seu ladrão, você sabe o que isso significa. Que, devido a uma mudança de monstros no campo do meu adversário, eu agora tenho direito a realizar um replay.
         – Não brinca... – Jonas sibila.
         Paulo aponta para o último “MIST ARCHFIEND”. – Com o replay, posso refazer o alvo que meu “FREED” ataca, e eu quero a cabeça deste novo arquidemônio!
         Com uma espada reluzente, o cavalheiro desmancha a figura do demônio em posição de defesa, deixando apenas mais névoa no lugar.
         – Como o que já está morto não morre de novo, e sabendo que o seu campo não faz efeito quando um “ARCHFIEND” é destruído durante a batalha, você não poderá se utilizar da destruição por efeito para buscar seu monstro de LV4. Quer dizer... – ele se corrige. – Somente se você comprar um.
         – Dudu, eu te odeio. – Ruan rosna.
         – É. Eu ter amo também – a resposta, fria.
         – Mas... – Ruan analisa a face de cada um, presunçosamente. –Vocês esquecem que eu ainda tenho o “TERRORKING ARCHFIEND” na mão? E que eu posso invocá-lo enquanto eu controlar – e eu controlo – outro “ARCHFIEND”? – Ruan revela a carta, guardando-a novamente, esperando o término do turno. – Valeu o esforço, Paulo. Parabéns. Mas você perdeu. – Ruan arremata, erguendo as sobrancelhas em sinal de impaciência. – Só passa o turno de uma vez, tá?
         Paulo adquire um olhar vago, mesmo checando os cards ainda em mão.
         – Bah, que droga. O Gordo vai perder... – Jonas diz de forma abatida.
         Paulo e Juan ficam se encarando. Em uma observação mais precisa, se perceberia que ambos trocaram um gesto. E que não havia vestígio algum de desistência, na face deles...


~[continua...]~

***

[Beta. Incompleto. Mas eu estava com vontade de postar e_e] Preview mais later suas bichas -q